quarta-feira, 18 de abril de 2012


SALÃO DO MÓVEL DE MILÃO



De 17 a 22 de abril, Milão hospeda o evento mais importante da cena do design internacional: o salão do móvel. Para além dos pavilhões da feira, centenas de eventos se espalham pela cidade, entre lançamentos de produtos e mostras conceituais.









Analogia, de Andrea Mancuso e Emilia Serra, que criaram um cenário de sala de estar com fios de lã e náilon


Analogia, de Andrea Mancuso e Emilia Serra, que criaram um cenário de sala de estar com fios de lã e náilon


Analogia, de Andrea Mancuso e Emilia Serra, que criaram um cenário de sala de estar com fios de lã e náilon


Fernando Pessoa e suas personas Alberto Caieiro, Alvaro de Campos e Ricardo Reis dão nome à série de quatro tapetes da designer Linden Burkhardt, para a Driade


Aria, chaise longue desenhada por Antonio Rodriguez para La Cividina


Cadeira alta, do finlandês Alvar Aalto


Vicky Lamp, de Jose de la O, que incentiva a agricultura urbana


Coleção Happy Misfits, de Rutger de Regt


Mesa Capri, também de Ferruccio Laviani, na Emmemobili


Poltrona Cipria, dos irmãos Campana, lançada pela italiana Edra


Estante Weave, de Chicako lbaraki, para a Casamania

Abajur Granny, que integra série de objetos tricotados de Pudelskern para Casamania



Família de cadeiras Hal, do inglês Jasper Morrison, para a Vitra

Da Vitra, o sofá Polder, desenhado por Hella Jongerius em 2005 e relançado com nova roupagem







terça-feira, 17 de abril de 2012

 30 idéias para melhorar o quarto


Eles são lindos e confortáveis, mas as aspirações não param por aí. Independentemente da área disponível, os moradores querem no ambiente camas grandes, cabeceiras estofadas para ler ou ver TV e, quando dá, banheiros e closets integrados. Inspire-se nestas 30 idéias de decoração, e transforme o seu espaço pessoal num refúgio delicioso.




Brinque com os criados mudos. Foi isso que fez a arquiteta Márcia Coelho. 1. A cômoda espelhada (Raridade) se contrapõe à mesinha amarelha dos anos 1960 (Micasa). O papel de parede é da Wallpaper, o jogo de cama da Trussardi, travesseiros e saia da Blue Gardenia.


2. Recicle móveis. O guarda-roupa antigo foi lixado e pintado.


3. Novos usos. A escada de bambu sustenta com graça as toalhas. De quebra, aquece a área do boxe, composta de materiais frios, como mármore, vidro (Seeglass) e metais (chuveiros da Deca, misturadores da Fabrimar). 4. Esconda os fios. Pelo tubo de aço (execução da Detalhe) passa a fiação do aparelho de DVD e da TV, que pode se voltar para qualquer direção.


5. Renove a cabeceira. O arquiteto Antônio Gomes Júnior revestiu a cabeceira estofada com linho rústico do Empório Beraldin (confecção da Tre-Uni III). "Quando cansarem, é só trocar o tecido", diz. 6. Dê toques de cor na roupa de cama. O quarto é praticamente monocromático - bege e branco. Como a cliente pediu cores, elas entraram no enxoval e nas almofadas (Trousseau), que sempre podem mudar.


7. Invente nichos. O nicho, que surgiu com a reforma, ganhou prateleiras e revestimento de folhas de linheiro (execução da Fenarte). Luzes embutidas nele permitem criar uma iluminação suave para assistir a filmes.


8. Inspire-se no oriente. O designer de interiores Fábio Galeazzo atendeu o pedido da moradora e deu ares japoneses ao ambiente. Na entrada do quarto, um varão de bambu sustenta bandeirinhas japonesas que, segundo a tradição, têm o poder de barrar as energias negativas. 9. Use tatames. Eles dão conforto ao quarto e podem, até, substituir tapetes. Estes foram encomendados no bairro da Liberdade, em São Paulo.


10. Inove nas cortinas. Quem disse que elas precisam ser tradicionais? Como aqui, a tônica era a inspiração japonesa, as cortinas, executadas por Marília Caetano, foram criadas para combinar com os tatames, bem enxutas e com detalhes que você encontra baratinho em ruas como a 25 de março, em São Paulo. As cortinas têm inspiração nos tatames (execução de Marília Caetano). 11. Pinte as paredes. O tom azulado da parede traz tranqüilidade (Coral, referência 7659*, na Império das Tintas). 12. Enfeite a cabeceira Um painel de tatame enfeita a cabeceira da cama, que tem um vão em sua base, onde a moradora pode apoiar livros (execução da L.A. Marcenaria).


Crie um canto de leitura. Os arquitetos Ricardo Miura e Carla Yasuda derrubaram as paredes e ampliaram o quarto. Para o canto especial, desenharam este móvel, que tem em sua base gavetões para guardar sapatos. A execução foi de Alline Móveis.


Esse é outro ângulo do quarto reformado e redecorado por Carla Yasuda e Ricardo Miura, que você viu na foto anterior. Repare como a integração com o banheiro é total.


14. Madeira na parede. Em vez de cabeceira, os arquitetos Ricardo Miura e Carla Yasuda Em vez de cabeceira, os arquitetos criaram um painel de cumaru revestindo toda a parede atrás da cama. Luminárias articuladas da Dominici.. Na cama, lençóis Trousseau, manda da esher Giobbi, almofadas da Conceito Firma Casa e do Empório Beraldin. 15. Invente uma penteadeira moderna. A moça ganhou uma penteadeira. Ela funciona como uma caixa, com separadores para guardar bijuterias. Quando a tampa é aberta, surge um espelho. Tapete da By Kamy.


16. Ganhe acolhimento com painel. Neste quarto, o arquiteto Bernard Leroux uniu o quarto principal e o de hóspede para ganhar área e conforto. O painel de carvalho-americano (Marcenaria D’Antones) traz unidade para a área íntima (é o mesmo material usado em nichos e gavetas) e garante o acolhimento.


Menos paredes, mais espaço. No quarto que você viu nas fotos anteriores, a reforma, com demolição de paredes foi fundamental. Veja como é ficou a distribuição dos móveis.



17. Invista numa super cama. A cama da Auping é uma atração à parte: toda motorizada, ela pode ficar em diversas posições. Além disso, vem com criados-mudos e luminárias acoplados. 18. Invista também na iluminação. Mais comodidade: balizadores no piso indicam o caminho sem precisar acender a luz.


19. Inclua obras de arte na sua vida. As esculturas de cerâmica da artista Norma Grinberg são delicadas, pois a idéia aqui é desacelerar. Lençóis e travesseiros da Auping.


20. Brinque com os abajures. Mesmo seguindo os princípios da simetria, as decoradoras Flávia Brito e Rebeca Morin optaram por abajures diferentes (ambos da Simone Figueiredo Luz) para criar um ponto de atenção no quarto. 21.  Escolha um tapete confortável. O tapete (Avanti) demarca a área da cama e oferece uma superfície macia e quentinha para o casal pisar descalço. 


Espaços mais práticos. No quarto que você viu nas fotos anteriores, o arquiteto Bernard Leroux demarca a área de dormir com o piso de tacão de amêndola da Master Pisos. No restante, o revestimento é Silestone branco.


22. Ouse nas estampas. A estampa da cortina reforça o estilo clássico romântico do ambiente. O tecido da Miranda Green é importado. 23. Escolha algum móvel clássico. Mais clássica, impossível: a papeleira antiga de pinho-de-riga (Ana Luiza Wawelberg) abriga documentos e outros objetos pessoais.


24. Compre uma cômoda. Mesmo com pouco espaço e uma cama grande, as aquitetas Raquel Melo e Camila Caló colocaram uma cômoda de 30 cm de profundidade em frente ao móvel. Ela apóia livros, DVDs e aparelho de som. Sobre o móvel, fica a TV de LCD, que tem a fiação oculta por um painel (execução da Arte Viva).


25. Use textura desta parede traz cor para o quarto, que tem uma base neutra. O tom é Fendhi (Durite, ref. 1008*, da Duriplast). 26. Suspenda o criado mudo. As mesinhas-de-cabeceira, de madeira ebanizada, se resumem a duas gavetas, fixadas uma sobre a outra no painel da cabeceira. Arandelas da Puntoluce.


27. Exponha suas fotos. Para apoiar fotografias, a moradora encomendou uma cabeceira (Móveis e Decorações Donizete).28. Conheça o cobre-leito. Nem colcha nem manta. O cobre-leito tem o tamanho exato do colchão. A almofada que ocupa a largura da cama também é uma inovação (ambos da Decorações Spina, com tecidos da Regatta). Saia da Avelós.29. Opte por piso de demolição. O piso de peroba de demolição (Aroeira) era um desejo: "Além de lindo, é uma delícia de pisar descalça".


30. Mostre suas coleções no canto de trabalho, livros e objetos que a moradora adora - a caixinha com brinquedos antigos é uma paixão. Cadeira da Forma.


Quando quer saber de tudo que está acontecendo na casa, a moradora abre as portas de correr do quarto e assim tem uma visão geral. A varanda liga o quarto aos outros cômodos da casa: "Assim que levanto, passo por ali e logo já estou na sala e na cozinha".




segunda-feira, 16 de abril de 2012

FELTRO EMPRESTA TEXTURA A MÓVEIS E OBJETOS


Estava mais do que na hora de os designers explorarem e transformarem as características do feltro – isolamento termoacústico, maleabilidade, toque macio – em produtos mais bacanas, com bom uso dessas vantagens, aliando design de ponta e funcionalidade. Pode parecer tarefa difícil, já que o feltro é um material plano, associado à família dos tecidos. Mas, dependendo de sua espessura e da maneira como é manipulado, o resultado é surpreendente e revela sua versatilidade.




Poltrona Pod, de Benjamin Hubert para De Vorm
A concha que acomoda as almofadas de assento e encosto é composta por várias camadas de feltro sobrepostas e prensadas. Lançada durante a última edição da semana do design em Milão, a matéria-prima da peça é ecologicamente correta, feita a partir de garrafas PET.



Linha Coiling, do estúdio Raw Edges para a Galeria FAT
O casal Yael Mer e Shay Alkalay foi um dos primeiros a experimentar o material de forma inovadora. As peças que compõem a linha Coiling saem de uma tira de feltro enrolada tridimensionalmente. Com o volume formado, um dos lados recebe uma demão de silicone, reforçando a estrutura.



Linha Felt and Gravity, de Amy Hunting
Amy Hunting usou a gravidade como elemento fundamental para construir a linha Felt&Gravity. As prateleiras de feltro ficam penduradas na estrutura de madeira, e tomam forma graças ao peso das peças que são apoiadas nelas.



Felted, de Dana Bachar
A israelense Dana Bachar transformou o feltro em luminária, brincando com proporções e cores. O material reveste uma estrutura de arame, responsável pelos formatos arrendondados.




Poltrona Spook, de Iskos-Berlin para Blå Station
A poltrona Spook é feita de nada mais que um pedaço inteiro de feltro: não há estrutura ou qualquer suporte escondido por baixo. A rigidez da forma acontece graças ao processo produtivo – o feltro é prensado –, o que também possibilita que cada peça tenha um drapeado diferente. É o material quem dita o resultado estético, e não o inverso.



Organizador No Se Haga Bolas, do estúdio Masiosare
Solução simples para organizar a mesa do escritório: o estúdio Masiosare dobrou uma folha de feltro diversas vezes até chegar em um formato funcional e estruturado.






domingo, 15 de abril de 2012


Burle Marx






Roberto Burle Marx foi um dos maiores paisagistas do nosso século, distinguido e premiado internacionalmente. Artista de múltiplas artes, foi também, desenhista, pintor, tapeceiro, ceramista, escultor, pesquisador, cantor e criador de jóias, sensibilidades que conferiram características específicas a toda a sua obra.





Roberto Burle Marx  nasceu na cidade de São Paulo no dia 4 de agosto de 1909 e faceleu no rio de Janeiro em 4 de junho de 1994. Burle Marx  foi um artista plástico brasileiro que ficou conhecido no Mundo inteiro ao exercer a profissão de arquiteto-paisagista com muita profissionalidade. Roberto Burle Marx  morou a maior parte de sua vida na cidade do Rio de Janeiro, onde elaborou muitos projetos e também está localizados seus principais trabalhos, embora suas obras estão espalhadas e podem ser encontradas ao redor de todo o mundo.
Roberto Burle Marx  era o quarto filho de sua mãe Cecília Burle (de origem pernambucana e francesa) e de seu pai Wilhelm Marx, era um homem judeu alemão que nasceu em Stuttgart e criado em Trier (esta era a cidade natal de Karl Marx, primo de seu avô).
Sua mãe, por seu muito dedicada como pianista e cantora, fez despertar em seus filhos o amor pela música e também pelas plantas. Roberto Burle Marx desde quando era criança a acompanhava, nos cuidados diários com as rosas, begônias, antúrios, gladíolos, tinhorões e diversos outros tipos e espécies que plantava no jardim de sua casa.
Seu pai era considerado um homem culto, que por sua vez era amante da música erudita e da literatura europeia naquele tempo, também era um pai que se preocupava muito com a educação dos seus filhos, aos quais ensinou alemão, mesmo que sendo dedicado aos negócios, como comerciante de couros, numa empresa de curtume que mantinha na cidade de São Paulo.
Como os negócios não estavam dando muito certo e começam a ir mal na cidade de São Paulo, seu pai Wilhelm Marx resolveu mudar todo o seu negócio para o Rio de Janeiro em 1913. Após esta mudança toda sua família viveu um tempo em casa de familiares e, quando começou a dar tudo certo e ter resultados positivos com a nova empresa de exportação e importação de couros de Wilhelm Marx, a família finalmente mudou para um casarão localizado no Leme. Foi neste casarão que Burle Marx, então com 8 anos, iniciou a sua própria coleção de plantas e a cultivar suas mudas.







Sua participação entre as definições da Arquitetura Moderna no Brasil foi extremamente fundamental, Burle Marxatuou em diversas equipes responsáveis por vários projetos célebres. O terraço-jardim que projetou para o Edifício Gustavo Capanema é considerado um grande marco de ruptura no paisagismo brasileiro. Um projeto com definição por vegetação nativa e formas sinuosas, o jardim (com espaços contemplativos e de estar) possuía uma configuração inédita no país e no mundo.


A partir deste ponto, Burle Marx passou a fazer o seu trabalho com uma linguagem bastante orgânica e revolucionária, identificando-a muito com vanguardas artísticas como a arte abstrata, o concretismo, o construtivismo, entre outras. As plantas baixas realizados através de seus projetos lembram em muitas vezes telas abstratas, nas quais os espaços criados privilegiam a formação de recantos e caminhos através dos elementos de vegetação nativa.






Quando Roberto Burle Marx completou 19 anos, ele teve um problema nos olhos e a família foi embora para Alemanha em busca de recursos e tratamento. Assim permaneceram na Alemanha entre os anos de 1928 a 1929, onde Burle Marx pode ter contato com as vanguardas artísticas.
Burle Marx visitou diversas exposições de pintores importantes e renomeados como, a de Picasso, Paul Klee e Van Gogh, Matisse, e isso pode causar uma grande impressão para Burle Marx, levando-o à decisão de se dedicar muito e estudar pintura.












Cronologia de Roberto Burle Marx

  • 1909 – nasce Burle Marx em 5 de agosto, em São Paulo
  • 1913 – Muda-se com a família para o Rio de Janeiro, onde fixam domicílio
  • 1928 a 1929 – Vive período na Alemanha com a família
  • 1930 a 1934 – Ingressa e frequenta a Escola Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
  • 1932 – Primeiro projeto de paisagismo para a residência da família Schwartz no Rio de Janeiro
  • 1934 – Assume a Diretoria de Parques e Jardins do Recife, projeta praças e jardins públicos
  • 1937 – Cria o primeiro Parque Ecológico do Recife
  • 1949 – Adquire um sítio de 365.000 m2, em Guaratiba, RJ, onde abriga uma grande coleção de plantas
  • 1953 – Projeta os Jardins da Cidade Universitária da Universidade do Brasil, Rio de Janeiro
  • 1953 – Projeta o Jardim do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte
  • 1954 – Realiza o projeto paisagístico para o Parque Ibirapuera, em São Paulo, SP (não executado)
  • 1955 – Projeta o paisagismo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM/RJ
  • 1961 – Projeta o paisagismo para o Eixo Monumental de Brasília
  • 1961 – Paisagismo do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro
  • 1968 – Projeta o paisagismo da Embaixada do Brasil em Washington, D.C. (Estados Unidos) -
  • 1970 – Projeta o paisagismo do Palácio Karnak, sede oficial do Governo do Piauí.
  • 1971 – Recebe a Comenda da Ordem do Rio Branco do Itamaraty em Brasília
  • 1982 – Recebe o título Doutor honoris causa da Academia Real de Belas Artes de Haia (Holanda)
  • 1982 – Recebe o título Doutor honoris causa do Royal College of Art em Londres (Inglaterra)
  • 1985 – Doou seu sítio de Guaratiba com seu acervo ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN (na ocasião se chamava Fundação Nacional Pró Memória)
  • 1990 – Projeta o paisagismo do Parque Ipanema, em Ipatinga/MG
  • 1994 – Morre no Rio de Janeiro, em 5 de junho, tendo projetado mais de 2.000 jardins ao longo de sua vida.




PESQUISA:                                                                             http://www.burlemarx.com.br
                                                                                http://encontreaqui.org/robertoburlemarx/